-->

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Brasileiro explica pra cubana que a ditadura dos Castro é maravilhosa

Por ocasião da vinda dos doutrinadores cubanos para o Brasil, sob a chancela de “médicos”, a página “Meu professor de História mentiu pra mim” fez uma sequência de postagens criticando a importação com objetivos escusos desses “médicos” que são incapazes de passar no Revalida. Como sempre aparecem alguns retardados para pichar as postagens com suas mendacidades marxistas, dessa vez não foi diferente. Contudo, para nossa sorte, esteve presente também uma cubana, que dialogou com o cidadão. Confiram a conversa, comento em seguida:



01. Primeiro preciso comentar a última resposta de André Leite na conversa. Nela, ele se utilizou de um truque sórdido que é bem comum entre os esquerdopatas (fiquem atentos para não caír nesse golpe): o de se fazer de desentendido. Percebam as colocações do rapazinho:
"Fala em viver com baixos salários? Tente viver com o meu, de professor, no Brasil". 
Não sabemos quanto André Leite ganha, mas como professor é quase impossível que ganhe menos do que R$ 1.000,00 (mil reais), o mais provável é que a remuneração dele seja alguma coisa em torno dos R$ 3.000,00 (três mil reais), o que é sem dúvida um salário baixo, mas ele tem toda liberdade para buscar outra qualificação e se alocar no mercado de trabalho em uma função que pague mais, principalmente se ele fizer uma faculdade de medicina, com uma especialização, ele pode facilmente receber R$ 7.000,00 (sete mil reais) para trabalhar em um grande centro urbano, ou aceitar as ofertas de prefeituras de localidades afastadas que pagam entre R$ 30.000,00 (trinta mil reais) e R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para os médicos que se disponham a residir nesses locais. Enfim, há todo um mercado de trabalho complexo com diversas remunerações. Ele pode ainda empreender, montar seu próprio negócio. Basta que tenha a ideia de criar algum produto ou serviço do qual as pessoas precisem. Na qualidade de empreendedor, ele pode alcançar remunerações bem mais elevadas, só depende dele.

Em Cuba, médicos que cursaram as "maravilhosas" faculdades cubanas de medicina trabalham para o governo (O ÚNICO CONTRATANTE POSSÍVEL) em troca de US$ 30,00 (trinta dólares), por mês. E devem se considerar felizes os que ganham isso, porque, como o governo não consegue contratar toda a mão de obra formada nas universidades (lembrem-se que o modelo econômico socialista é inviável na prática, pela impossibilidade do cálculo econômico, conforme já foi provado por economistas como Ludwig von Mises e Friedrich Hayek — ostensivamente ocultados pelo sistema de ensino brasileiro, que segue seu projeto de convencer os estudantes de que Marx era economista e filósofo), sobram pessoas com diploma de medicina trabalhando como taxistas e até mesmo como garis. A alegria de um cubano é arranjar emprego de carregador de mala em um dos resorts de cadeia internacional. A despeito do governo usurpar mais da metade do salário que tais empresas pagam (da mesma forma que fará com o valor pago pelo Brasil aos médicos que pra cá vierem — o governo cubano, na condição de intermediador, fica com 93% do salário pago aos trabalhadores. Isso porque são comunistas e contrários à tal mais-valia!), pelo menos podem contar com a remuneração das gordas gorjetas em dólares, dadas pelos turistas. Como se vê, brasileiro (por mais pobre que seja) chorando miséria para cubano chega a ser ridículo.

Depois ele fala:
"Tente viver com meu salário. Não tenho como passear em Londres. hehe".
Nesse ponto, o pilantra ultrapassou todos os limites. Como assim "passear em Londres"? A cubana Olga Quiñones não está "passeando em Londres". Ela foi obrigada a FUGIR de sua terra natal, como tantos outros cubanos, para poder sobreviver. Ninguém deixa para trás a família, os amigos, tudo que conquistou, de bom grado. Deixar o lugar em que se nasceu, onde estão suas raízes, é sempre um preço alto a se pagar. Só toma essa decisão quem não consegue ver NENHUMA perspectiva na vida. Querer fazer confundir a situação de "refugiado" com a situação de "turista" não passa de um expediente de uma desonestidade atroz. O sarcasmo do "hehe", por falta de estômago, eu vou me abster de comentar.


02. Agora vamos analisar a situação de Cuba para saber se ela corresponde ao que o tal professor alega. Observe a frase: 
"Cuba tem ótimo sistema de saúde, não a medicina mais tecnológica e sofisticada. E isso só aumenta os méritos dos médicos de lá".
Há décadas a esquerda brasileira apregoa a plenos pulmões que Cuba possuía, se não a mais avançada, pelo menos uma das mais avançadas medicinas do mundo. Quem nunca ouviu a lenda da "vacina contra o câncer"? Agora, com a Internet e a dificuldade de controlar a informação, mesmo dentro de uma ditadura ferrenha como a cubana (não sou eu quem estou dizendo isso, é Olga Quiñones, uma cidadã cubana de nascimento), a esquerda muda o discurso: "Cuba não tem mais medicina de ponta, agora tem ótimo sistema de saúde". Será? Quanto da alegada qualidade do sistema de saúde pode ser atribuída ao sucesso do modelo socialista? Uma das alegações que a esquerda mais gosta de fazer é "de acordo com os números da ONU, a atual taxa de mortalidade infantil de Cuba coloca o país na 44ª posição no ranking mundial, bem ao lado de um país riquíssimo, o Canadá". Mas o fato é que em 1958 (o ano anterior à gloriosa revolução), Cuba estava na 13ª do posição no raking mundial. Se hoje está na 44ª posição, então somos obrigados a entender que graças ao maravilhoso socialismo, Cuba despencou 31 pontos no ranking.

Mesmo assim, há outros fatos que precisam ser considerados. Em Cuba, o aborto é mais do que liberado, é incentivado, mais do que isso, é indicado como profilaxia. Se há qualquer chance da gravidez ter algum tipo de problema, aborta-se. Só isso já seria um fator para desqualificar a alegada baixa mortalidade infantil, mas há mais: em Cuba, bebês que morrem até 48 horas após o parto não são contabilizados na taxa de mortalidade infantil. Na prática, essa quantidade de horas pode ser mais elástica, lembre-se que em ditaduras os números não precisam seguir a aritmética, que na cabeça deles não passa de uma firula burguesa. Ou seja, é impossível saber a real taxa de mortalidade infantil de Cuba. A esquerda gosta de acrescentar o "segundo a ONU" na frase, mas a verdade é que a ONU apenas repassa os dados fornecidos pelo governo cubano, então "segundo a ONU" e "segundo a família Castro" são A MESMÍSSIMA COISA. 

Eu poderia seguir analisando outros dados sobre o tal maravilhoso sistema de saúde cubano, mas seria chover no molhado. Dados oriundos de ditadura nenhuma podem ser confiáveis. Para não perder meu precioso tempo, deixo com vocês esse site aqui. Leiam e tirem suas próprias conclusões. Também é possível acessar informações sobre a REAL situação de Cuba, conferindo essa página feita por CUBANOS.


03. Por fim, vamos avaliar a tão recorrente alegação do embargo. Todo esquerdista gosta de fazer um mimimi dizendo que os problemas de cuba são causadas pelo "Embargo americano".  Vejam a frase dele:
"Isso em uma ilha, que é bloqueada economicamente pelos donos do mundo"
a) O uso dos termos "embargo" e (pior ainda) "bloqueio" é, por si só, uma MENTIRA DESCARADA. O Estado americano proíbe apenas cidadãos americanos de comercializarem com Cuba. Ao contrário do que a esquerda quer fazer entender (sempre de forma desonesta, conforme já sabemos que é o seu modus operandi), os Estados Unidos JAMAIS proibiram outros países de comercializar com Cuba. A Ilha Presídio dos Castro é livre pra comercializar com quem os Castro bem entenderem. De sorte que, de saída, NÃO HÁ NENHUM BLOQUEIO. Bloqueio haveria se os EUA mantivessem porta-aviões na costa cubana impedindo a passagem de navios. Essa é a imagem que a palavra "bloqueio" sugere, mas tal imagem habita apenas as cabecinhas apodrecidas pela doença mental deliriuns esquerduns

b) A Revolução Comunista teve como argumento o "imperialismo", que nada mais é do que a alegação de que o comércio com os Estados Unidos drenavam as riquezas cubanas. Assim, a revolução foi feita para que cessasse o comércio com os Estados Unidos. Conseguiu, cessou. Agora, os Castro alegam que o fato dos Estados Unidos não comercializarem com Cuba está empobrecendo a Ilha. Entenderam? Eu também não. 

c) O embargo impede que americanos ganhem dinheiro em Cuba, mas não impede que MANDEM DINHEIRO para Cuba. Todo ano saem dos Estados Unidos para Cuba CENTENAS DE MILHARES DE DÓLARES que os exilados cubanos residentes em solo americano mandam para seus parentes. O governo castrista INTERCEPTA (como sempre) uma grande parte desse dinheiro. A proibição que o estado americano estabelece para os cidadãos americanos de comercializarem com Cuba, apenas impede que saia riqueza de Cuba para os Estados Unidos. Aliás, foi somente graças a esse aporte de verbas oriundas da economia americana que a ditadura castrista ainda não ruiu. Repetindo: os cidadãos cubanos que fugiram do regime e foram morar em Miami têm total liberdade para mandar o dinheiro que ganham nos Estados Unidos para Cuba. Na prática, a maior parte do PIB cubano tem origem em solo americano. Portanto, se trata de uma proibição de mão única que prejudica apenas um lado, o americano. 

d) Por fim, a esquerda atribui todas as mazelas do mundo ao livre comércio, e no minuto seguinte atribui todas as mazelas de cuba a ausência do livre comércio. Entenderam? É difícil mesmo. 

Conclusão sobre a alegação do "embargo": Quando virem alguém usando o argumento do embarco humilhem-no chamando-o de IGNORANTE e BURRO. Podem mandar sem medo. Esses adjetivos ainda são leves, perto dos adjetivos que uma pessoa dessa realmente merece.

---

P.S.: depois dos comentários de Olga, eu entrei em contato com ela através de mensagem particular. Pedi que ela mandasse um relato contando a vida dela. Leiam o que ela me mandou:

Amigo, obrigada por la posibildad q me da de poder exponer algun relato, quizas de mi vida personal...sin embargo le dire q no tengo hazañas en mi vida, es mas le dire algo de mi. Naci en la Cuba ya adoctrinada y obediente, fui mas bien apatica en mi juventud y no me lie a organizacion del PCC, hija de padre militante del PCC q murio pobre y con miles de necesidades. He vivido fuera de Cuba desde 1993 cuando sali de Cuba no por problemas politicos como la mayoria q deja Cuba. Hasta ese momento solo me cuestionaba pero manifestaba mis cuestionamientos, solo a partir del 2006 en mi ultimo viaje a la isla me empece a cuestionar al reencontrarme con los mios despues de 11años y darme cuenta q Cuba habia cambiado para peor. Desde entonces decidi no ser mas pasiva y he decidi denunciar al mundo lo q pasa alla. El mundo debe saber pues hay una parte del mundo q se abiertamente complice de los Castros y nos tienen viviendo en esta dictadura de 54años, donde el pueblo esta cad vez mas pobre y los dueños de la isla viven la vida Capitalista q tanto han criticado. Como ves, mi historia es insignificante en comparacion con los cubanos q hoy luchan desde la isla, soportando golpes, maltratos, vejaciones y violaciones de sus derechos humanos a diario, no busco protagonismo, solo quiero dejar claro quienes son los Castros y ojala poder abrir los ojos y las mentes de algunas personas q se dejan llevar por el discurso y la propaganda socialista q los utilizan para aniquilarnos ante el mundo. Es cierto q pobreza hay en todo el mundo, pero esto no fue lo q se nos prometio, tenemos ademas de pobreza, censura, no opcion a decidir q es mejor para nosotros, todo se nos impone!, medios de comunicacion pertenecen al Estado, las escuelas, los hospitales y hasta las casas, nuestras vidas y tambien han querido secuestrar nuestros cerebros. Ojala entiendas a traves de mi el sentir de mi gente. Cuando entre al computador chequeo eso q me envias, desde aqui desde el telefono se hace algo dificil. Saludos amigo!

Este es mi Cuba amigo, por sonde no paso la guerra, sino el olvido. Mira esas calles y la gente sin esperanza. Espero no tener que ver a Brasil en esas condiciones como le ha pasado a Venezuela. Es muy triste!, y aun hay quienes defienden esta infamia... Saludos.