-->

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Existe racismo na direita?

Como vocês viram, acabamos de concluir uma série de quatro postagens expondo o racismo de Che Guevara. Acho que por esse método (serie de quatro, uma por dia) não sobrou nenhum assinante da página que não tenha sido informado da questão. Cada uma das imagens foi postada acompanhada de um link que apontava para um pequeno texto no blog, que relatava como o racismo e eugenia são ideias historicamente ligados à esquerda (quem não leu, leia). Claro! Se alguém publica um texto que prova de forma irrefutável as relações entre a esquerda e o racismo, não poderia faltar quem comentasse "quer dizer que o racismo é uma prática comum a esquerda, isso que dizer que a direita não é?".

Não, não é. A direita prega o INDIVIDUALISMO, ou seja o reconhecimento de cada pessoa como um indivíduo. A esquerda prega o COLETIVISMO, ou seja a individualidade de cada pessoa deve ser suplantada pelo "bem" da coletividade a qual essa pessoa pertence. Segregar os indivíduos em classes ou em raças é a agenda da esquerda desde sempre. Uma pessoa deve partir de uma visão de mundo coletivista para que seja capaz de acreditar que TODOS os indivíduos com uma mesma cor de pele devem necessariamente partilhar dos mesmos interesses. Não estou dizendo que não exista políticos ou pensadores de direita que sejam racistas, o que estou dizendo é que o racismo (a crença de que determinada cor de pele influencia no comportamento de todos que a possuem) é INCOMPATÍVEL com o individualismo pregado pela direita.

Contudo, eu não tenho registro de algum vulto da direita que tenha pregado ou praticado o racismo. Se alguém tiver, mande eu eu acrescento como adendo no texto. Diante de tal afirmação, o mesmo cidadão que fez o primeiro comentário mandou: "se quiser afirmar que só a esquerda é racista então acho que o Bolsonaro é comuna". Então, eis a resposta:

01) Bolsonaro é único político em Brasília que tem coragem de peitar a hegemonia da esquerda. Ele já chamou Dilma de terrorista e disse que se ela queria tanto a verdade, deveria abrir os arquivos sobre ela que estão no STM. Exatamente por causa disso, Bolsonaro sofre um processo de perseguição na mídia (não é novidade para ninguém que a mídia é dominada pela esquerda). Bolsonaro não tem histórico de ter realizado declarações racistas, nem jamais esteve envolvido com práticas dessa natureza, mas bastou um único vídeo veiculado pelo programa CQC, da Bandeirantes, para que ele passasse a ser tachado de racista pelas massas ignaras. No vídeo, a "cantora" Preta Gil pergunta: "Se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?", ao que Bolsonaro responde "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o seu". O vídeo foi saldado com estardalhaço pela esquerda, deputados esquerdistas chegaram a protocolar processo contra Bolsonaro. Para mim, o caso é mais que emblemático do mau-caratismo esquerdista. E, para entender por que, basta assistir o vídeo na íntegra: além do fato de não fazer o menor sentido o uso da palavra "promiscuidade" para uma pergunta que se referia a UMA (apenas uma) negra, a pergunta imediatamente anterior à de Preta Gil é: "Quantos chefes negros você já teve?", pergunta à qual Bolsonaro responde: "Eu nem conto. EU NÃO DOU BOLA PARA ISSO". Precisa ser muito inteligente para perceber a discrepância entre as duas respostas? Se ele não "dá bola para isso", como pode ser racista? Ou será que o programa CQC não fez uma outra pergunta ao deputado e omitiu-a na hora da edição? Qual outra declaração racista se tem de Bolsonaro, além desse vídeo? Ainda no vídeo, há uma declaração do deputado "Eu não entraria em avião pilotado por um cotista", ao final da qual ouve-se um pequeno sinal sonoro no áudio do vídeo desses usados para indicar a declaração foi uma pedrada. Qual pedrada há em se recusar a entrar em um avião pilotado por um cotista? Na declaração do deputado não há especificação se o "cotista" é "cotista social" (estudou em escola pública) ou "cotista racial" (não-branco), mas foi saudada nas redes sociais como outra prova irrefutável do racismo do deputado.

02) Quem chama o nome de Bolsonaro para um debate desse tipo não tem o menor senso de proporção. Se eu estou falando do racismo de Marx e um esquerdista quer provar que a direita também é racista, precisa se referir a um vulto da direita que seja tão significativo quanto Marx é para a esquerda. Da mesma forma que se eu estou falando sobre o racismo de Che Guevara e se quer provar que a direita também é racista, aponte o racismo de algum vulto que tenha a mesma preeminência na direita que Guevara tem na esquerda. A série de postagens mostrou DOIS astros do esporte (um deles inclusive é americano, Mike Tayson) com TATUAGENS do rosto de Guevara. Alguém conhece algum astro americano que tenha tatuado o rosto de Bolsonaro? Alguém já viu algum grupo de manifestantes contra o aumento de impostos usar cartazes com o rosto de Bolsonaro? Descontado o fato de que não há a prática de culto à personalidade na direita, se eu acuso Guevara de racista e um esquerdista quer provar que também há racismo na direita, mostre-me pelo menos uma declaração racista de alguém como Ronald Reagan ou Margaret Thatcher. O que a série de quatro postagens sobre Guevara demonstrou foi o RIDÍCULO que é a mania que a esquerda tem se SACRALIZAR seus vultos.